Design assinado valoriza decoração e reforça identidade nos projetos de interiores

Peças autorais ganham cada vez mais espaço nos projetos de arquitetura e interiores. Muito além da função prática, móveis assinados se destacam como elementos de expressão artística, imprimem sofisticação aos ambientes e contribuem para a construção da identidade do morador. É o que demonstram os trabalhos do escritório Paiva e Passarini Arquitetura, das arquitetas Vanessa Paiva e Claudia Passarini.

Em um dos projetos residenciais, por exemplo, o dormitório da cliente recebeu a poltrona Astral, criação dos designers cariocas Pedro Moog e Leonardo Lattavo, do Estúdio Lattoog. Já na sala de estar, as profissionais optaram por poltronas Tetê, de Sérgio Rodrigues, referência do design modernista brasileiro, em uma homenagem afetiva do autor à irmã Maria Thereza.

“As peças assinadas comunicam mais do que função ou estética. São escolhas que carregam história, afeto e refinamento, e que muitas vezes se tornam elementos centrais do ambiente”, afirma Vanessa. A sócia Claudia reforça: “Não se trata de um móvel comum, mas de um objeto que reflete gosto, memória e permanência. Muitas dessas peças atravessam gerações sem perder relevância”.

Além do mobiliário, o design autoral pode estar presente em tapetes, luminárias e objetos decorativos — desde que tragam propósito. A mesa Litoral, de Jacqueline Terpins, e a icônica mesa Pétalas, de Jorge Zalszupin, também aparecem em composições assinadas pelo escritório, assim como poltronas criadas por Arthur Casas e Luia Mantelli.

Para as arquitetas, o investimento em peças assinadas é também um investimento em durabilidade física e emocional. O papel assumido por elas é de encontrar equilíbrio entre beleza, funcionalidade e vínculo afetivo. A partir da utilização desse tipo de peça, o projeto acaba sendo verdadeiramente único.

Paiva e Passarini Arquitetura
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Fotos: Xavier Neto