As cores cumprem papel fundamental na composição dos espaços e para expressar a personalidade dos moradores. Sua influência tem a capacidade de dotar os ambientes com aspecto mais vibrante, confortável ou relaxante.
Logicamente, essa percepção das cores também está condicionada às nossas experiências pessoais, como lembra arquiteta Isabella Nalon. “A leitura que fazemos de cada cor está diretamente relacionada com as vivências que tivemos desde nosso nascimento, além de nossas tradições, cultura e época histórica”, ressalta.
O branco e o preto, por exemplo, apesar de serem neutros, conseguem desempenhar papéis diferentes na decoração. Enquanto o primeiro, branco, segue uma linha mais tranquila e relaxante, o preto tende a criar nos espaços uma atmosfera mais imponente e requintada. No entanto, seu uso intenso pode proporcionar resultado negativo. “Por ser neutra, é uma cor versátil que permite uma combinação harmoniosa com qualquer outra cor. Quando usada em excesso a decoração pode ganhar um ar de mistério ou de medo”, alerta Isabella.
Outras cores muito utilizadas são vermelho, azul e amarelo. Em todos os casos é preciso ter preocupação com a harmonização e evitar exageros. Quanto mais forte for a tonalidade, maior deverá ser a parcimônia. Enquanto detalhes em vermelho tornam os espaços mais aconchegantes e calorosos, o azul proporciona maior frescor. Já o amarelo tem a capacidade de aquecer suavemente os ambientes, além de ser estimulante.
As tonalidades mais empregadas estão estreitamente vinculadas à natureza: o verde e os amadeirados. Tal preferência não é sem razão, essas cores conseguem oferecer um efeito mais calmante, aconchegante e de equilíbrio.
O rosa, geralmente utilizado em quartos de bebê, é capaz de remeter à um sentimento de pureza e inocência. “Pela sua força, esse tom pode ser aplicado em objetos de decoração ou alguns móveis”, explica Isabella Nalon.
A arquiteta Cristiane Schiavoni, por sua vez, afirma que o rosa pode ser aplicado em ambientes neutros e até com características masculinas: “Sempre digo que não existem os antônimos aplicados para uma cor, como o bonito ou feio, cafona ou chique e a aplicação de gêneros. Todas as cores e suas tonalidades podem ser sofisticadas, inclusive o rosa”, afirma. Em sua opinião, é possível colocar essa tonalidade em paredes, móveis e objetos de decoração sem medo de errar. “O rosa cabe perfeitamente em diferentes propostas, sempre trazendo acolhimento e felicidade para os ambientes”, garante Cristiane.
Uma tonalidade que serve como porto seguro é o cinza. Sua neutralidade torna fácil a harmonização com outras cores. Segundo a arquiteta Carina Dal Fabro, “entre suas características, o cinza tem a capacidade de enaltecer as cores que o acompanham, destacando principalmente os tons amadeirados”. Ele também pode ser utilizado com tons mais vibrantes, como turquesa, laranja, verde, amarelo ou até mesmo um pink com ótimos resultados. “Independentemente do objeto decorativo, gosto bastante de trabalhar com o contraponto de cor. Itens de madeira, brancos, verdes e vermelhos são os meus favoritos em uma base cinza”, exemplifica Carina.
Isabella Nalon
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Cristiane Schiavoni
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Carina Dal Fabbro Arquitetura
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