Todo mundo gosta de deixar a casa bonita e confortável, mas com a decretação da quarentena esse desejo passou a ser maior. Por motivos óbvios, os espaços destinados ao lazer foram os que mais ganharam em valorização. A arquiteta e designer de interiores Faride Elia mostra em dois trabalhos a utilização inteligente de espaços e a importância da personalização. No primeiro, o jovem casal queria algo mais original, por essa razão a preferência recaiu sobre revestimentos diferenciados. “Foi bem rico poder apresentar diversas opções e acompanhar a escolha cuidadosa dos clientes”, explica, que ressalta ainda a necessidade de alinhamentos constantes, como forma de evitar surpresas, e de contar com bons fornecedores para garantir o recebimento de produtos de qualidade.
Faride admite que o maior desafio para a execução do projeto foi melhorar o que já estava bom e superar as expectativas dos moradores. Para alcançar esse objetivo, ela buscou utilizar no ambiente, além de acabamentos de grande apelo visual e capazes de expressar a personalidade dos clientes, materiais reconhecidamente duráveis para evitar futuras manutenções. Dessa forma, o piso recebeu porcelanato, padrão madeira, o que ajudou ainda a criar efeito acolhedor ao espaço. A bancada da pia e a ilha de chopp ganharam a beleza do silestone em versões azul e cinza chumbo, respectivamente. “Escolhemos uma palheta de cores intimistas, escuras e marcantes”, explica. “A mesa de madeira bruta aquece contrastando com materiais mais finos, como o revestimento de mármore trabalhado aplicado na parede atrás da bancada”. Outra preocupação na concepção do projeto foi tornar tudo muito prático e funcional, com a adoção de churrasqueira a gás, que proporciona acendimento rápido e menos fumaça, e a facilidade de acesso e utilização dos equipamentos.
Já o casal jovem com 2 filhos pequenos desejava uma área que transmitisse força, fluidez e praticidade. A opção recaiu por um espaço com estilo industrial, baseado em materiais com aspecto mais bruto, como madeiras, chapas de aço e cimento. “O espaço de circulação foi bem importante também para tornar o ambiente um corpo unificado, porém com mais de uma possibilidade de caminho”, comenta Faride. O revestimento especificado para pisos e paredes foi o porcelanato, padrão cimento. A exceção ficou por conta da parede de fundo que recebeu cerâmica hidráulica, tons azuis, no formato 20x20cm. As pias e ilhas ganharam um belo acabamento em cimento queimado. As mesas, confeccionadas em madeira de demolição, dão o toque final. Faride explica que a palheta de cores criada segue uma linha mais contida, baseada nos tons dos acabamentos. O destaque fica por conta do armário amarelo da cozinha, que deu calor e vida ao ambiente. “Tudo é bem equilibrado, sem deixar de ser marcante”, finaliza.
Faride Elia
Arquiteta e designer de interiores
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